sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

MARCAS DE COLOQUIALISMO

   Em provas de vestibular e, principalmente, no ENEM, são comuns questões que abordem as tais marcas de coloquialismo, isto é, as marcas linguísticas que sinalizam para o leitor que o texto utiliza uma linguagem que não segue estritamente a norma culta.


   Tirinhas geralmente são ótimos exemplos de uso informal da linguagem, por isso é comum que apresentem tais marcas. Observe:


   Esta tirinha apresenta, certamente, as três marcas de coloquialismo mais comuns na oralidade do português brasileiro, grave-as bem:

 (em vez do verbo ESTÁ)


PRA (em vez da preposição PARA)

TEM (com sentido de EXISTE, HÁ)

Fonte: http://lauroportugues.blogspot.com.br

Análise de Orações

ANÁLISE DE ORAÇÕES

   Ao analisarmos as orações que compõem um período composto, existe um inimigo principal: a pressa! Muitos alunos, sem paciência para isolar as orações e classificá-las somente após interpretá-las, acabam fazendo uma análise rápida e incorreta. Observe a tirinha abaixo:


   Uma análise rápida poderia fazer o aluno interpretar as orações da seguinte maneira:

SOU TÃO BEM ATENDIDA NESSA LOJA = ORAÇÃO PRINCIPAL
(não introduzida por nenhuma conjunção)

QUE NEM TENHO VONTADE = *ORAÇÃO SUB. ADV. COMPARATIVA
(introduzida pelo conectivo "que nem", sinônimo de "tal qual")

DE IR EMBORA = *OR. SUB. SUBST. OBJETIVA INDIRETA (REDUZIDA)
(substituível por "disso", completando o sentido do verbo "tenho")

   A análise acima, apesar de parecer correta, não está. A única oração analisada coerentemente com as regras da norma culta é a primeira. Vejamos a análise correta.

SOU TÃO BEM ATENDIDA NESSA LOJA = ORAÇÃO PRINCIPAL
(não introduzida por nenhuma conjunção)

QUE NEM TENHO VONTADE = *ORAÇÃO SUB. ADV. CONSECUTIVA
(introduzida pelo conectivo "que" e sucedendo o advérbio "tão")

DE IR EMBORA = *OR. SUB. SUBST. COMPLETIVA NOMINAL (REDUZIDA)
(substituível por "disso", completando o sentido do nome "vontade")
   
    As confusões se dão, principalmente: pela coincidência entre a conjunção "que" e o termo "nem" (usado como advérbio nesse caso), que ficou igual a expressão comparativa "que nem"; e pela pressa em, ao substituir por "disso", achar que a oração é objetiva indireta, quando na verdade ela também pode ser completiva nominal, por estar completando um nome.

Fonte: http://lauroportugues.blogspot.com.br

Funções do "que"

TABELA - FUNÇÕES DO "QUE"

   Direto ao ponto: a tabela abaixo resume as principais funções da partícula "QUE" na língua portuguesa. 


Fonte: http://lauroportugues.blogspot.com.br

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Leia o texto abaixo:

(1): Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui-se que o humor decorre:

A) da crítica despropositada feita a um livro considerado um clássico da literatura universal.
B) do duplo sentido que a palavra “barata” adquire no contexto do último quadrinho da tirinha.
C) da ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no segundo quadrinho.
D) da explícita referência intertextual que ocorre no primeiro quadrinho da tira.

E) do traço caricatural das personagens que as aproxima do conteúdo do livro mencionado.

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Resposta: alternativa B 

(2):

 

Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha no primeiro quadrinho, que é:


a) Faz uma pose bonita!
b) Quer tirar um retrato?
c) Sua barriga está aparecendo!
d) Olha o passarinho!
e) Cuidado com o flash!

(3):


































Assinale a alternativa correta:

a) No último quadrinho, as expressões faciais da mãe e da menina revelam, respectivamente, surpresa e fúria.
b) O humor do texto é gerado pelo fato de a menina empregar o verbo "viver" em duas acepções.
c) Há revolta da garota contra a aceitação, por parte da mãe, do papel subalterno reservado à mulher na sociedade contemporânea.
d) A forma verbal vivesse traz a informação implícita de que a garota considera que a mãe não vive de fato.
e) Os três primeiros quadrinhos mostram as tarefas que, naquele dia, a mãe de Mafalda terá pela frente: passar roupas, arrumar a sala, lavar a louça.